Eu vi de perto O fogo cruzando o céu Pela batalha de nuvens Que ultrapassam os anos Seguindo com o lamento das flores Que nasceram no chão seco E a resposta que não veio Pra negar o meu receio Nem a voz que embarga na chegada A esperança morre na estrada Mutilada ainda hoje urubus atrai A sede e o veneno sempre perto demais Eles continuam espalhados Criminosos que a história não mata Nossas cabeças expostas com medidas exatas E a insaciável fome de poder não passa As noites já não são tão iguais Não ignore o invisível cidadão Acende lampião A aurora é mais um dia de caos Acende lampião Estamos vivos aqui sempre mudando o final Acende lampião Ainda ecoa a chama que clareia o sereno A morte sendo vida pelo próprio veneno