Ele veio do Azerbaijão, contava histórias embaixo do colchão; E no colchão, ele não dormia não.. Dormia na pedra, na pedra, na pedra; no chão, chão, chão.. Esta é a história do menino de Azerbaijão Que não tinha mais paixão e não tinha agora chão, e agora vai.. Abraça o tédio, o tédio das feridas; Menino do Azerbaijão, cadê paixão? Debaixo do colchão? Ele não tinha, ele dormia no chão.. HA HA HA. Rouba o muro por baixo dos canos insanos, alucinado sob um céu de blues Menino do Azerbaijão.. Encontrou muitas paixões, muitas ilusões.. Pacotes de balas envenenados nus, envenenados nus.. Ganhou a vida vendendo coisas que o anjinho falou pra'queles Que nunca dormiram sem um colchão chão chão chão.. Foi embora, foi pra Sibéria passa-se um frio; Curtiu um breu, no céu de anil; Menino do Azerbaijão, agora mora na Sibéria.. Virou matéria da notícia internacional, New York Times, sob céu de luz; E há muito tempo o menino da Sibéria se tornou de novo o menino ACIberbaijão; Virou um mito, eu admito.. Agora mora numa cabana na Sibéria, onde o frio convida o breu; Violência nas idéias e todo mundo é tipo o menino do Azerbaijão, morô? Mendigo do Brasil.. Engraxava os sapatos no planalto central; E ninguém conhecia o menino da Sibéria que veio do Azerbaijão; Virou mendigo no Brasil, o céu de anil que pede um breu; Na Sibéria ou no Azerbaijão, ou não; Zerbaijão.