Não sei o tanto nem o quanto vou agüentar Esta angústia em prantos escondida no pensar O tempo curador de mágoas esqueceu-se de mim Já faz tanto tempo que o próprio tempo cansou-se em persistir Estou abandonado não tenho mais nada A única coisa alcançada foi este cigarro em minhas mãos O qual me destrói me alimenta o corpo Não sei se estou agora lúcido ou outrora sempre um louco O que me parece é que a tristeza condenou-me à prisão perpétua De tudo quanto é desgraça já tive um pouco Por favor, inventem outras para mudar a régua. Pertenço à vida como uma microfonia à música Que é obrigada a se esconder Por conta do seu som incompreensível