Estou à beira de um colapso E este mundo é tão relapso Gira sempre nesta mesma direção O meu mundo é do avesso Fica em outro endereço É deserto e bem mais perto que se possa imaginar Penso sempre diferente Do que todo mundo sente Ninguém pode me influenciar Penso em tudo e penso tanto Desde a hora em que levanto No fim do dia dá vontade de parar De pensar Que cada dia que se passa é menos um na minha vida Cabelo branco é uma ameaça e eu não vejo outra saída Encarar a realidade sem ter medo do escuro Sem tem medo da verdade vou atrás do meu futuro Vinte e um anos se passaram e Os outros que restaram, vivo e ninguém vai me censurar Não aceito mais migalhas Não tolero nossas falhas No fim da vida não agüento Vou pirar, de pensar Que aponta pro caminho promissor Sem fracassos, cicatrizes dessa dor Esquecendo do pior que já passou E aceitando que a essência desta vida é o tal do amor É o tal do amor...