Sou prisioneiro estou condenado Matei a mulher que mais eu amava Matei por ciúmes, talvez por loucura Julgando que ela me enganava Hoje na cela fria e escura Vejo uma sombra em minha frente É ela que vem me dizer em pranto: - Juro por Deus que eu era inocente Estas palavras me ferem a alma Como se fossem espinhos Matei, fui pra cela escura E ela pro céu deixando um filhinho Hoje meu mundo são quatro paredes Onde tristonho eu vivo a chorar E a lembrança me vem na memória De tudo em quanto eu fiz sem pensar Nosso filhinho que foi minha culpa Vive no mundo desamparado Nas grades da cela vem me perguntar: - Por que estais preso, paizinho adorado Estas palavras me ferem a alma Como se fossem espinhos Perdoa, Senhor, o meu erro E tenha piedade do meu filhinho