Sulino e Amarito

Derrotada

Sulino e Amarito


Vejam amigos essa pobre criatura
Quanta tristeza estampada em seu olhar
Ela um dia foi um anjo de ternura
Desiludida hoje vive a chorar

Lá no meu bairro foi a jovem mais querida
Todos os rapazes disputavam seu amor
Mas o orgulho atirou-a nessa vida
Em infortúnio desespero de amargor

Foi a vaidade que levou-a de repente
Para o abismo traiçoeiro do pecado
Ela deixou de construir um lar decente
Pelas promessas de um rico apaixonado

Aquele homem desumano e covarde
Em pouco tempo sem piedade a deixou
Alguém que estava sem ninguém já era tarde
Na boemia ela então se atirou

Hoje ela chora e reclama a sua sorte
Maldiz a vida e lamenta seu destino
Vive pedindo para Deus mandar-lhe a morte
E derrotada pelo mundo vai seguindo

Eu que um dia também fui seu pretendente
Tenho piedade dessa pobre mariposa
Quando eu a vejo eu recordo tristemente
Que ela era para ser minha esposa