Vejam amigos essa pobre criatura Quanta tristeza estampada em seu olhar Ela um dia foi um anjo de ternura Desiludida hoje vive a chorar Lá no meu bairro foi a jovem mais querida Todos os rapazes disputavam seu amor Mas o orgulho atirou-a nessa vida Em infortúnio desespero de amargor Foi a vaidade que levou-a de repente Para o abismo traiçoeiro do pecado Ela deixou de construir um lar decente Pelas promessas de um rico apaixonado Aquele homem desumano e covarde Em pouco tempo sem piedade a deixou Alguém que estava sem ninguém já era tarde Na boemia ela então se atirou Hoje ela chora e reclama a sua sorte Maldiz a vida e lamenta seu destino Vive pedindo para Deus mandar-lhe a morte E derrotada pelo mundo vai seguindo Eu que um dia também fui seu pretendente Tenho piedade dessa pobre mariposa Quando eu a vejo eu recordo tristemente Que ela era para ser minha esposa