Engolindo os dias cansados Aos limites de um monólogo Tropeçando contra a própria matéria O peso de um esforço que não marca mais pegadas Categoria do vazio Livre em um deserto Pela soma dos meus fracassos Sujei minhas mãos moldando o meu aterro Abandonei minhas vontades pelo medo de errar Me recolhi na vergonha de sentir Me escondi atrás de uma ironia Caminhando de um inferno para outro De um inferno para outro Queria acreditar que um sentido se daria no tempo Que fosse uma queda no futuro Que fosse o suficiente para esquecer Nenhuma emoção sobre nada Nenhum lugar para estar Não conseguir rir nem chorar Enfrentando o túmulo em que cresci até que esse único dia termine