Sob o céu que invade a tarde E que arde E sufoco Quando eu me lanço e não canso de andar E pensar no seu corpo No seu rosto, no seu gosto O céu posto e o oposto também E o instante já distante agora Que vem e que foi embora Todo tempo que corre Que nasce e morre Que ri e que chora Em sua hora, vai embora E a aurora devora também E o mundo dá voltas E escreve certo por linhas tortas e crua É a vida Das voltas, das portas fechadas e abertas para rua E flutua Sol e Lua E a sua carne nua também