Vagando sozinho e cansado Perdido na noite, na escuridão A sombra escondeu minha trilha Não há luz que possa me guiar Na neblina vultos sombrios Tochas acesas, mantos sagrados Perdido em um vale obscuro Não há luz que possa me guiar Que possa me guiar Encarcerado nesse labirinto Rosas negras, árvores, espinhos Isolado em um círculo de fogo, Minhas lágrimas deixam de rolar A serpente está rastejando Posso ouvir, vem se aproximando Eu procuro o anjo da noite Condenado a reinar nesse lugar A reinar nesse lugar Anjo maligno, Soberano das noites Convidando a caminhar Um atalho para o cego, O tolo, um mago Fogo nas pedras ao luar Acreditando no nada, Aos olhos da serpente Espíritos me chamam para caminhar Sobre o ritmo do velho, o velho feiticeiro Um vulto em desespero Irá me guiar Perdido na noite, continuo vagando A convite do demônio eu vou caminhar Ao vale das cinzas, um lugar bem distante E o acompanhante quer se apresentar O fogo queima, o vale se tranca Profundezas ao lado, não posso parar O abismo profundo, cemitério das almas, Nevoeiro das sombras e a escuridão