Toda pedra sonha Em um dia ser pó Dia em que cria asas E sobre as casas Vadeia com os vendavais A cigarra canta Não pelo o que tem Na garganta e voa Mas sim pela voz Que traz no nome E soa Que traz no nome E soa As aves voam Não pelo que têm de penas Mas pelos sonhos dos ventos O vento voa Não por ser livre e sem peso Como se sente estar Mas por ser sempre preso Às correntes de ar