O áspero poema? Não mais quero O inviável abismo? Já descri Foi com inabalável esmero Que duramente me persegui Se tudo é insuficiente, espero O instante vence o tédio, eu senti Se a valsa mudou-se em bolero O ritmo pouco importa, eu vivi Pelo tropeço suavizei o passo Seu corpo é o sentido que devasso Devagar como quem respira Gota que se equilibra suspensa E a vida mínima que é imensa Quando pensa que é real, delira