Um menino ladrão Atado ao poste, bem feito Não se sabe inocente Ainda não Mas sabe que é preto O moço do avião de coca Pra presidente Uns e outros na mão De quem tá bem no jornal Tá bem no jornal Donos da união Escolta desempresários Plantam desunião E matam de orgulho a nação A bruxa tá solta culpam em coro A dama de vermelho Unânimes, enquanto a raposa Em pele de cordeiro Suga o sangue dos distraídos Alienados ou bem-nascidos Suga o sangue dos desvalidos Pobres coitados e divididos Um homem traz na mão Um saco de balas e doces Atravessa o trilho ao acaso Morre na contramão Se estivesse em Berlim Ou no Leblon Mas era Madureira O tique-taque, a nota, o vil e o bom São a nossa bandeira São a nossa bandeira São direitos humanos Para humanos direitos Fé aos homens de bem Só vale se for do meu jeito O certo, a moral, o lega, normal Costumes dos perfeitos Todos os caminhos e feitos da civilização Todos os caminhos levam defeitos Da civilização Todos os caminhos levam defeitos Da civilização Da civilização Da civilização