Me chamam de negão, mameluco, black
Nada disso eu so nagô toco atabaque e faço
Scratches, eu so nagô, sou filho de Oxalá e na língua
Afiada eu carrego ioruba, brancos, em seus 
Navios Negreiros me tiraram da tribo e me 
Trouxeram para o pesadelo, uma terra distante 
E disconhecida mal sabia eu que
Era o fim de minha vida, humilhados e 
Acorrentados até o pescoço, comiam 
A carne e me jogavam o osso,  a 
Viagem era longa e meus imãos
Morriam, só assim as suas almas se 
Libertariam, até que um dia, o dia
Chegou, o navio então parou nas 
Costas uma caixa que tinha que 
Carregar e gritavam "Negro você tem que trabalhar".
Não entendia o que acontecia com toda essa gente
Me levavam em praça publica e olhavam  os meu dentes
De repente o ouro rolava e com algumas moedas 
Logo alguém me levava, fui parar no latifúndio, uma grande fazenda
Acorrentado pro orixá nem podia 
Fazer uma oferenda a senzala era 
O sofrimento do negro quem sem perspectiva, morria ao relento, e depois 
Era enterrado e qualquer buraco  
Eu sou negro e mereço ser enterrado dignamente
Pois sou filho de Deus
Pensem bem branco, negro pode ser os filhos teus
Um dia a esperança chegou, negro Bantu ele se rebelou, matou 
Muito branco e um quilombo ele montou 
Era palmares a última esperança pois foi com ela que eu sonhei desde criança
Depois emotivado pela dor me revoltei peguei
Nega Teresa da senzala eu escapei

Nagô negro guerreiro ,
Nagô Índio caçador 
Na África era um Rei 
No Brasil um trabalhador

Viva  Zumbi, Viva Zumbi.