Baleia mergulha no rio seco Como se fosse um tubarão Enquanto o matuto caminha sem direção Sinhá Vitória segue seus passos pelo chão Implorando uma só gota d´água Mas é tempo de seca braba E o sertão é muito duro Com quem insiste em desafiá-lo E nem mesmo o maior feiticeiro Vai fazer chover no terreiro E só as cobras sobrevivem ao chão Seco do sertão Sinhá Vitória da catingueira Quenga de coco na mão Sinhá Vitória sonhadeira Que a chuva caia no sertão