Respeitável público, o espetáculo começou Senhoras e senhores, habilidades superiores Levada elevada, levando a leva, livrando e lavando a alma Escute com calma, não precisa bater palma Não precisa fazer barulho e nem a mão levantar Só com atenção escutar, canção que te faz levitar Não sou ilusionista, mas hipnotizo a sua vista Invado lares, não som sem rimas, não invadirei seus hectares Sem manto e escuro e sem chapéu pontudo Contudo, Mago do Diafragma, rimo sorriso e lágrima Meu conteúdo, estudo, o escudo e minha espada Minha Excalibur, língua afiada Me apoio na minha poesia, ela é o meu cajado Chave que abre o cadeado do calabouço Meus esboço é a Pedra Filosofal Não mudo pra encher o bolso, nem me vendo por capital Revelo como bola de cristal Poder mental da selva, Leão demais pro seu quintal Porém mais um mortal, nem melhor, nem pior Eu e eu somo um só, retornaremos ao pódio E pode crer, que eu busco sempre a minha melhora E não perco a esperança, sou como a caixa de Pandora Não é conto de fada, levada nóiz desembucha Tiro de garrucha renova igual ducha Bola, acende e puxa Voando no flow igual bruxa, na vassoura voadora Não gosto de rima murcha, nóiz chega na voadora! Não é feitiçaria, macumba, magia, mandinga ou truque O poder da gente vem com a força da mente, não do muque Busco a sabedoria de um antigo sacerdote Com meu dote, me esquivo do bote dos Iscariote Um barraco na favela é meu castelo onde eu castelo Criando letras mágicas, mas não São Cipriano O caderno é meu caldeirão, a caneta minha vara de condão Preparo a poderosa poção Que nutre como um umbilical cordão! Shomon: A mística matemática da métrica Magos do diafragma na rima quilométrica De forma frenética, fonética fantástica Rajada poética, levada elástica Contra estatística, linguística do gueto E que se foda a fama se ela vier sem respeito Grana sem conceito não faz efeito pra rapa Onde o conteúdo do livro tá importando mais do que capa O Bumbo é como um soco, a caixa é como um tapa Rap pop é placebo e o Hip Hop não chapa Comum a carpa riscada no estilo Horiyoshi Do rock, Black Sabbath colando com Peter Tosh Até no táxi tóxico, monóxido de carbono Tira o trono e o sono, péla saco seca é mono Indica o Fono do teu flow sem dicção Ficção, diz que são, sessão, sub são de estilo Mó vacilo chupa flow, jow esquisito Originais seremos contra MC’s Pirulito A mística matemática da métrica Mística matemática da métrica Mística matemática da métrica Magos do diafragma na rima quilométrica Mística matemática da métrica Mística matemática da métrica Mística matemática da métrica Magos do diafragma na rima quilométrica Slow Dabf: Arcaicos como centuriões, rupestres, enfeitiçamos o flow Bruxo do fluxo, ser esdrúxulo sem luxo, dialeto nocivo e slow Tem erva no verso, mais turvo, qual serva me despertou Da treva mais turva, minha verve perturba, o bico do corvo entortou Ferve a poção, uma porção de porcão não são metade de mim Meu cetro é meu mic, Strike de cores, apago as dores com Tipo mandarim, sim sim salabim, barbudo tipo Merlim Cheirei pó de pilim pimpim, fiquei assim igual chinezim Doutor Estranho fecha no clã, Escrevi o livro de 20 anos de rap, não misture iniciado com iniciante Do Inferno de Dante até a DF sem blefe com os mequetrefes Se vier com truques baratos, novatos vão tomar é tabefes Manuscritos no mic irmão, rimo em língua esquecida Cuidado lokão, pois das minhas mãos bolas de fogo são expelidas Invoco o esquadrão em metáforas jão Honra aos pioneiros, magia mesmo doidão é nesse mundo se manter verdadeiro