Não me peça pra ficar no meu canto e tentar evitar Eu bem tento, mas pra sapo engolir tenho que muita água tomar Não aturo pirraça, trapaça, mentira, traição Me seguro um instante, no outro adiante explode um vulcão Sem vergonha, com essa artimanha pra me golpear Não se acanha, que trama, armadilha te apanha quando a esquina virar Me expôs e nada propôs antes de atirar Pelas costas sei que vai fugir quando o bicho pegar Posso até me fazer de maluca Posso até acionar abstração Só que tem uma hora, meu filho Que parece embolar a questão Eu começo ficando nervosa Vou perdendo o controle então Deixo o bom senso de lado Ultrapasso e parto pra ação Porque eu sou de rodar a baiana, fazer vexame E xingar todo mundo de tudo quanto é nome Passo mal de excesso, mas não passo fome Eu bem que sou o tipo de mulher barraqueira que apronta Grito, brigo, bato, passo logo da conta Porque mágoa só fica pra quem não desconta