Eu sou filho de filho da floresta Trago no peito a marca de pescador Desconfio que meu avô Troca flores com o beija-flor Em oferenda nos quintais Minha cor é da cor do rio E o rio é da cor do limo Esse rio tem traço feminino Seu cabelo lembra fios de milho Suas mãos os seringais O meu signo é onça Quando preta me traz sorte Quando pintada me envaidece Quando tudo o que ofereço É uma canção de bem-te-vi Flecha e faia, flor, bajara Mar e várzea me deságuam Tum, bate o tambor do vô Xikrim Erva de benzer do Guajará Mas se o Kaiapó nasceu aqui O patchuli do Grão-Pará