Velho coração mundano No coração do novo mundo Me cegando, te seguindo Saga de cada segundo Em páginas rotas Vou traçando minhas rotas Sou meu próprio punho Faço da obra rascunho No meio quarto meio inteiro Na sala de mal estar Noites em claro, dias escuros A luz também pode cegar Quem me dera despir o passado Como uma roupa suja qualquer Como eu vou rasgar tua carta No dia em que ela vier Eu vou embora Pra onde ninguém possa me achar Embora eu saiba Que é com você que eu deveria ficar Eu vou embora E não me peça pra te esperar Eu não tenho pra onde ir Então me dê razões pra ficar Eu vou embora Vou procurar o meu lugar Embora eu saiba Que não vou encontrar Eu vou embora E não me peça pra te esperar Você sabe que se eu me perco É pra você me encontrar Quem me dirá quem sou? Quem ousará dizer? Quem me fará podar o pudor De pedir o poder? Nessa bossa, nesse esboço A face fez-se fosso, foi o fim Só quero que eles pensem Que não me importo com o que pensam de mim Por trás dos muros somos meros imortais Olhando pelos furos a ferida se desfaz Viver em guerra, morrer em paz Que diferença faz? Me deixa em paz com a minha guerra Me deixa aqui com a minha terra E com o meu rio, sempre a correr Na direção errada Eu vou embora Pra onde ninguém possa me achar Embora eu saiba Que é com você que eu deveria ficar Eu vou embora E não me peça pra te esperar Eu não tenho pra onde ir Então me dê razões pra ficar Eu vou embora Vou procurar o meu lugar Embora eu saiba Que não vou encontrar Eu vou embora E não me peça pra te esperar Você sabe que se eu me perco É pra você me encontrar