Eu venho das cordilheiras e dos pantanais Das cachoeiras, catingas e canaviais Serras, montanhas, planaltos, estradas de terra Mas foi preciso lutar enfim e eu vim Eu vim trazendo nas mãos o suor do sertão No coração a esperança de compreensão Na minha mente a memória dos inconfidentes Liberta quae sera tamen, amém Sou filho da corrente que na vertente do rio cai Sou sertanejo e não vejo a hora de sermos todos iguais Eu sou a terra vermelha que o vento ventou Sou mais um pássaro triste que o cego cegou Desigualdade cruel da cidade que fere Por me fazer ser um súdito sem rei Eu vou levando a coragem que vai me levar Na direção do amor que pode libertar Mas se você não entende meu jeito, eu direi Sou menestrel, não sou súdito, nem rei