O povo de israel Com ajuda do céu Crescia e ganhava As lutas em que entrava Balaque era um rei Muito “de araque” Tinha medo de um ataque Até de balas tic-tac Pediu a balaão Que lançasse a maldição Pra que ganhasse a guerra E os expulsasse da terra Balaão falou: Ouvi sua proposta Mas só vou fazer O que de Deus tiver resposta E o que de Deus foi dito? “Este povo é bendito Com balaque não irás E nem mal dirás” Mas balaque insistiu Ele não desistiu E os prêmios aumentou Balaão novamente falou: Gostei de sua proposta Vou buscar de Deus resposta E Deus disse:” vai Mas fale só o que de minha boca sai” Balaão, bem cedinho Se pôs pelo caminho Tomou sua jumenta E disse: Vamos, fedorenta! Mas Deus mandou um anjo Um baita de um marmanjo Com espada na mão E a jumenta fugiu feito rojão Então balaão que não via o anjo não Bateu na jumenta com seu bordão E o anjo novamente se pôs à frente E a jumenta viu um lugar somente: A parede. E espremeu o pé de seu patrão Que a espancou de novo com seu bordão E o anjo ficou num lugar estreito E a jumenta não vendo mais nem um jeito Deitou-se debaixo de balaão Que pela terceira vez usou seu bordão E a jumenta não agüenta Abre a boca e se lamenta Há quanto tempo em mim se assenta? Outra vez já fui tormenta? E balaão seu patrão Respondeu a ela: Não! Não é o seu costume Seu problema é só o estrume E o anjo do senhor lhe abriu a vista Balão viu a espada e abaixou a crista E o anjo disse: Se a jumenta não fugisse de mim Certamente hoje seria o seu fim Balão pediu perdão E mudou seu coração E o anjo deu-lhe permissão A prosseguir e dizer bênção e não maldição