Lá no sertão quando amanhece o dia A passarada canta triste lá na mata Eu fico cheio de prazer e alegria No meu ranchinho lá na beira da cascata Um boiadeiro conduzindo sua boiada Levanta poeira avermelhando a ramagem O seu berrante dando eco na cerrada Muito feliz ele segue a sua viagem Um carro véio carregado de madeira A passo a passo lá na serra vem descendo E o candeeiro corre logo abrir a porteira Ouvindo triste aqueles cocão gemendo E o carreiro com o coração magoado Vai relembrando seu benzinho tão distante De vez em quando ele grita com a boiada Amo, Rochedo, Cravo Chita e Viajante Lá na paiada quando a noite vem chegando Muito distante pia triste um nhambuzinho Uma pintada miando de vez em quando Pisando leve ao redor do meu ranchinho Mas o caboclo que não teme nem da morte Logo adormece sonhando com as plantação Luta com a vida aventurando com a sorte Pra sustentar esse abençoado torrão