Ó sinhazinha onde está o cuitê que eu pedi pra vosmece, já são horas de matear Que o índio velho vai pegar seu violão, desfolhar uma canção sob o poncho do luar Céu estrelado, de um azul tão profundo toda a graça deste mundo vem pousar neste rincão E o silêncio se esparrama na campanha e a paz que o acompanha está implorando uma canção Gaúcho, gaúcho eu sou Índio velho abandonado, a querência é meu amor Gaúcho, gaúcho eu sou Índio velho abandonado, a querência é meu amor E a sinhazinha que não traz o cuietê Nem a chaleira a ferver nem a erva pra cevar Há muito tempo a prenda linda foi embora E o índio sonhando chora Esperando ela voltar Grande tristeza é viver nesse rincão Sentindo no coração Saudade e melancolia Quando eu morrer Ser enterrado aqui espero No campo onde o quero-quero Sempre me fez companhia Gaúcho, gaúcho eu sou Índio velho abandonado, a querência é meu amor Gaúcho, gaúcho eu sou Índio velho abandonado, a querência é meu amor