Enquanto muitos dormem Me esforço em me manter não mais que sonolento Enquanto as falas somem Me esforço em ouvir os gritos do silêncio Enquanto as mãos encolhem Me esforço em mover ao menos os dedos Enquanto os olhos fogem Me esforço em me manter no mínimo atento Sei que vai precisar quem desperto está, quando se obrigar desse sono acordar Quando a indolência chegar num ponto dominador De não se perceberem a si mesmos após o sono opressor Enquanto as folhas caem Me esforço em me manter mesmo no pior vento Enquanto se destroem Me esforço em me manter no máximo isento Sei que ao se devastar e pouco se ficar Vai se precisar de alguém para amparar O pouco que restou do que conservou Pois não se conformou com o sono insensível à dor Enquanto muitos dormem Pelo cansaço ou por medo seja lá o que for Entregam suas forças sem se opor Entregam suas forças sem se opor E os poucos que escolhem, ficarem atentos ao sono do que é sedutor, dos pesadelos nunca terão temor Dos pesadelos nunca terão temor