Na varanda da fazenda Está sentado um violeiro Que ponteia imaginando Os sonhos de um fazendeiro Enquanto escuta as histórias Da volta de um mensageiro Num recanto dessa casa Dorme uma sombra cansada E a saudade se espreguiça Por trás da porta escorada Enquanto um velho desperta Pra ser menino e mais nada Hey hey hey hey hey boi Hey hey hey hey boi Hey hey hey hey hey boi Hey hey hey hey boi Ruminando pensamentos Numa moça e seus vestidos Vaqueiros terminam o dia Olhando os céus estendidos Que escurecem desfazendo Uns algodões coloridos E o poeta passa a noite Procurando a rima exata Esfumaça um café quente Numa caneca de lata E a noite paga as cantigas Com uma moeda de prata Hey hey hey hey hey boi Hey hey hey hey boi Hey hey hey hey hey boi Hey hey hey hey boi