Shandala

Gestação

Shandala


Eu vim aqui lhe dizer
Eu vim aqui lhe contar
Que o mundo pra ser mundo
Tem que mudar de lugar

Ah por onde anda
Ah, por onde andará

Tempos estranhos, ventos de ódio
Nós nas entranhas, ilógica do ópio
Só peso tenso no ar

Armas nos bolsos, língua afiada
Amor à míngua, tropas perfiladas
Grito o sufoco pro ar

Ah por onde anda, ah por onde andará

Palavras de ordem, liberdades castradas
Mordem sem nexo verdades forjadas
Crianças presas, sem ar

Egos desfilando em palco virtual
Corpos sem cores crendo no bem e no mal
Sombras infladas de ar

Ah por onde anda
Ah, por onde andará

Bocas que movem, certezas rasgadas
Pernas andantes, a vida gritada
Um giro solto no ar

Ah, por onde
Ah, por onde andará