Milonga solta das patas Me leva de alma serena A rima campeia a prosa No brilho de alguma estrela. Campeira por excelência Paisana loca de buena Guarda o jeito da Querência No meu cantar de fronteira. A vida anda mais gaúcha No braço do meu violão O sonho é bem mais campeiro No verde do chimarrão. Guardo o horizonte nos olhos E o pago em cada canção Assim nós vamo "de mano" Proseando com a solidão. A despacito, tomando mate Em cada acorde uma emoção Tocando o baio, eu sigo a trote Em cada milonga ponteio A tristeza do meu coração... Milonga solta das patas Parceiria pra qualquer hora A tristeza vai embora Quando um cantar me ilumina. Eu ando campeando a volta Encho de campo as retinas Meu verso sai campo a fora Campeando o rastro da rima.