Estou pândego porque tergiverso Diante de todas as incongruências Que se espargem ao inverso Não uso um manual de consciência Os tolos esperam uma confissão Mas não acredito no coração O cão hidrófobo tem um focinho biônico Projetado pelo Darwin irônico A petiz rua taciturna No céu pérfido do Adão rubicundo Não busco promessas Ateísmo em deificação Armagedom vem depressa Dias depois de amanhã virão Eu sou iníquo Sua ignorância me faz ser Dizem que eu era um amigo Mas você preferiu me ter Como uma mão de ferro em sua nuca Vivendo a mercê Da minha doce ternura Eu sou surdo Quando você é loquaz Sua língua seca, anda janota Ingloriamente voraz Jaez inócua nunca mais Tão lorpa quanto incapaz A raiva gira dentro do litro Escolhe eu, escolhe você Eu sou o senhor a quem sirvo Quem é você? A raiva gira dentro do litro Escolhe eu, escolhe você Eu sou o senhor a quem sirvo Não conheço você A raiva gira dentro do litro Escolhe eu, escolhe você Eu sou o senhor a quem sirvo Não acredito em você A raiva gira dentro do litro Domina eu, domina você Eu sou o senhor a quem sirvo Quem é você? A teologia não está acima da bíblia Ela ensina religiosamente A promessa mendiga carente Ela fala politicamente