Neste Brasil corrupção pontapé bundão puto saco de mau cheiro do Acre ao Rio de Janeiro Neste país de manda-chuvas cheio de mãos e luvas tem sempre alguém se dando bem de São Paulo a Belém Pego meu violão de guerra pra responder essa sujeira E como começo de caminho quero a unimultiplicidade onde cada homem é sozinho a casa da humanidade Não tenho nada na cabeça a não ser o céu não tenho nada por sapato a não ser o passo Neste país de pouca renda senhoras costurando pela injustiça vão rezando da Bahia ao Espírito Santo Brasília tem suas estradas mas eu navego é noutras águas E como começo de caminho quero a unimultiplicidade onde cada homem é sozinho a casa da humanidade