COZINHEIRO DE CARNIÇA Subtítulo: CULINÁRIA DEMONÍACA DOS FLAGELADOS DA SECA... Seca, morte e desespero Passa fome o Sertanejo Gente morta apodrecendo É churrasco no braseiro - Não há outra saída quando vem a seca Sem água, sem comida, só uma certeza Muitos vão morrer, o desespero vai reinar É sempre, sempre assim, isso nunca vai mudar A fome enlouquece, sem nada pra comer Só muita gente morta a apodrecer Um defunto fedorento assando no espeto O sangue, a carniça, é fartura o ano inteiro Tem muita comida, nunca vai acabar Há muita gente morta em todo lugar Eu gosto de sentir o sabor podre da carniça Não importa se o defunto era parte da família Não posso esperar que você morra pra eu comer.