O diabo foi na festa Lá no centro do sertão Com seu cavalo vermeio Fazendo esparramação Quando foi a meia-noite Lá no meio do salão Dero pinga pra bebê Veio lá num garrafão Cada gole que ele dava Saía fogo do chão O diabo dançou maxixe Com a fia do fazendêro Esta moça virou véia E a véia virô brasêro Brasêro virô coruja Assentada no pulêro Pulêro virô macaco E o macaco era violêro A convite da coruja Foram cantá no terrêro Dero parte na polícia Chegaro quatro sordado De fuzir e carabina Também veio o delegado Dero orde de prisão O diabo deu risada Foi só tiro e bofetão Pescoção e cadeirada Deu chilique nas mocinha E as véia caiu sentada O macaco quando viu Que a coisa tava apertada Passou a mão na viola E fincô o pé nas estrada Quando a briga tava feia Lá no meio do terrêro Coruja já foi na janela E gritô no desespero Ói gente, deixa de briga Vem tomá café primêro Da meia-noite pro dia Fizero combinação O povo fizero reza Melhorô de situação O diabo virô fumaça E sumiu na escuridão E agora minha gente Escuite, preste atenção Quanto vale uma reza Na hora das aflição