Fora as roupas apertadas eu vestia um sobretudo Sobretudo uma casaca devagar me estrangulava Na cidade grande o óleo do motor or, or, or Dentro da caneca branca uma alga luminosa Fosco de tão nebulosa e sai das portas de veludo Me mostrando tudo que o mundo oculta va, va, va Minha vida é um terremoto e as sentenças caem no chão Monto na motocicleta na garupa o mundo e a mãe na mão Longe do capim no asfalto no meu burro cor-de-rosa Canto uma canção dengosa grito muito, falo alto Subo num caixote e digo palavrão