Eu sou como a correnteza viva Dos rios da minha terra Depositando nas margens Pedaços do meu destino E vai abrindo novos caminhos Formando lagos serenos Furta-cores, aquarelas Dos meus sonhos de menino, menino, menino Rio que enche e transborda Desbravador solitário Correndo sempre pra frente Num presságio visionário Vai vivendo e vai passando Pelas cascatas, cachoeiras Por turbilhões, corredeiras Sem glórias e sem mágoas Fugitivo como as aves Vai semeando vida sobre as areias Rio que passa entre as matas Na sinfonia dos pássaros Que sempre vai muito além Que serve a todos Mas não pertence a ninguém Majestoso como os peixes Lusente como as estrelas Lambendo as ribeiras Beijando os matagais Misteriosa serpente Derrama em minhas veias A afluente esperança dos meus ancestrais Rio que passa entre as matas Na sinfonia dos pássaros Que sempre vai muito além Que serve a todos Mas não pertence a ninguém Majestoso como os peixes Lusente como as estrelas Lambendo as ribeiras Beijando os matagais Misteriosa serpente Derrama em minhas veias A afluente esperança dos meus ancestrais Majestoso como os peixes Lusente como as estrelas Lambendo as ribeiras Beijando os matagais Misteriosa serpente Derrama em minhas veias A afluente esperança dos meus ancestrais