Foi numa sexta feira na festa da padroeira Nossa senhora aparecida O vaqueiro com emoção levava em suas mãos Aquela imagem querida O vaqueiro tinha pressa de pagar uma promessa Pela cura do seu cavalo Que tinha a morte certa Uma ferida aberta pela a estaca do cerrado Seguiam a procissão fazendo uma oração Com a alma agradecida Quando de repente no meio da multidão Uma bala sem direção Veio tirar sua vida Dizem que uma vez por ano Um cavalo branco desce a montanha Sentado apenas no pelego Um menino negro e uma luz estranha Parece um pedaço de sol Aquela luz que vem em suas mãos pequenas Iluminando a madrugada Da noite azulada de uma primavera Aquela vida inocente ceifada assim tão de repente Peão da vida e na lida um grande campeão Heroi do mato e na campina A fé foi seu maior troféu Chocalho ao som de arpa e banjo O vaqueiro anjo foi morar no céu