Sérgio Reis

Gaúcho Largado

Sérgio Reis


Quando eu ponho minhas botas, bombacha e lenço encarnado
Toda gente logo grita, eta gaúcho largado
Se monto no meu cavalo, no meu pingo pangaré
Por Deus que sou cobiçado por mais de trinta mulheres

E quando eu chego num baile sapateio na entrada
Se alguém em chama atenção a peleia está formada
Atiro no candeeiro e vou brigar no escuro
Se morrer pouco me importa, mas desaforo eu não aturo

Encosto numa parede e mando vir quem quiser
Venha velho, venha novo, só não me venha mulher
Arranco do meu facão, manejo sem atrapalho
Nos magros eu dou de prancha e nos gordos dou de talho