Quando eu ponho minhas botas, bombacha e lenço encarnado Toda gente logo grita, eta gaúcho largado Se monto no meu cavalo, no meu pingo pangaré Por Deus que sou cobiçado por mais de trinta mulheres E quando eu chego num baile sapateio na entrada Se alguém em chama atenção a peleia está formada Atiro no candeeiro e vou brigar no escuro Se morrer pouco me importa, mas desaforo eu não aturo Encosto numa parede e mando vir quem quiser Venha velho, venha novo, só não me venha mulher Arranco do meu facão, manejo sem atrapalho Nos magros eu dou de prancha e nos gordos dou de talho