Sei que já está próximo, mas não quando virá E que tanto faz, começar ou acabar Sei que tudo é novo, mas não para a multidão E que todos choram, mas não pela mesma razão Sei que já não ligam para o lado bom da religião E também se desligam, seja uma ciência ou não Todos ficam mudos, mas não querem só falar E sobre suas criações, o resultado aí está Não vivemos em paz e só andamos para trás Todo mundo é o capataz de um mesmo sonho que se desfaz Sempre eles reclamam, não se contentam com o que são Sobressaindo certos vermes que nem amam o próprio irmão Nada mais é feito à mão ou feito à boa vontade O pai pode não ser mestre nem mesmo a paternidade Muitos são infelizes, quase não há felicidade Pode morrer logo o mundo e com ele essa maldade Ainda há autoridades – encarregados de ninguém Eleva-se a falsidade e oculta-se o bem Caem os muros que nos separam de um só ladrão E as leis que nunca param o roubo ou a invasão Fogem os fugitivos, para outra prisão E atingem os atingidos é só mais uma execução Quem irá provar que o mundo não caminha para o suicídio Ou quem irá prever a solução em um sexto sentido