Quem que me enviou, sente quem me invocou Bem que não me sinto, mal, vem me incitou Tristeza viciou, mas a mesma tristeza que me inspirou Então me tirou o demônio dissipou, depois me disse o que que fiz bom? Ódio e livros abertos, sangue espalhado na casa Ynk mago, papo reto, sua alma tá machucada, me passa Vingador de Lúcifer, Deus, nossa causa é justa Arcanjos negros na luta, nosso argumento na terra ninguém mais refuta São dias de muita surra Nossa existência é um presente E minha caixa veio com droga e cerrote Essa existência me agonia como se eu ligasse A furadeira na sua epiglote, engole, engole, engole Todo dia um empecilho eu já nem tô mais indeciso E eu ainda só faço isso pra deixar o meu livro escrito Depois que tiver morrido e ninguém vai ter lido E só os raros lerão, alma de inverno que ama o verão Todos os crânios se derreterão, eu continuo assim, beberrão Eu me odeio pra sempre, só sabe odiar quem tem ódio próprio O resto é fraco, o itachi sabe, eu também concordo Minha vida é um livro fechado e quando se abre só tem conto gótico Goétia minha casa, caixão santuário, meu sonho é o óbito De frente pra um espelho cara a cara com o demônio Minha face derretendo a cada linha que componho Sentimentos de empatia se tornaram hediondo Trocando conhecimento a cada sombra que encontro Ay a chama não se apaga nem no pior vento que bate Ay sujos na sombra do mundo esperando o momento do ataque Mas a noite caiu e o seu Deus sumiu Eu me tonei mais vil e ninguém interviu Maldade definiu o que eu me tornei Lacaio de ninguém e o meu próprio rei Mas no final dessa estrada Vou ver todos seres gritando socorro Comendo uns aos outros, sangrando igual porco Mistura de sangue mesclado com lodo Deus, não quero seu perdão Eu não sou seu escravo, lacaios agindo igual ratos Te servem por medo do inferno ao lado Seguindo seus passos só pelo pecado Caminhando nesse vale escuro Vejo que a saída é um trinta e oito carregado na cabeça Bota em cima da mesa, já girando a roleta Sabendo que o final dessa cena vai ser mesma