Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Mas as suas margens há muito tempo não são calmas E enquanto esta corja tem o poder Ouçam o que o segundo inicio tem a dizer Traficantes matam o seu filho sem perdão Dando ordens neste tribunal de exceção E os políticos que clamam por seu voto São os mesmos que te roubam sem pedir E o resto E o resto que se foda A miséria bate a sua porta Você finge que não se importa A mesma mão que te acaricia assina leis para te destruir Neste país de ouro Ignorância e o regime E o resto E o resto que se foda A miséria bate as suas portas Você finge que não se importa Dos filhos deste solo és mãe gentil Põe seus doentes a mil a morrer pelo chão E o resto E o resto que se foda A miséria bate as suas portas Você finge que não se importa Dos filhos deste solo és mãe gentil Põe seus doentes a mil a morrer pelo chão