Vai me dizer o que? Pedir segunda chance? O amor e ódio estão Ao meu alcance Feito pra ser sombra de alguém? Não! Não sou mais um filho Da televisão Aprendi e cresci Respeitado na rua Não estava só na blusa A minha conduta País desigual Entre mansões e sem teto Onde a fama e os plaque Esconde os analfabetos Guarda seu orgulho Sua ostentação Sua inteligência Desce junto até o chão Onde a fé de cada um E bem mais que o sucesso Se for pra se corromper Prefiro morrer honesto Pensei em desistir Seria coisa do acaso Por falta de rimar E não ver nada só o cansaço Conspiração de um homem só Com a caneta e o papel Vai me dizer que hoje é doce Sem sentir o gosto do fel Vai dizer Que nunca tentou Vai dizer Que o barco virou Vai dizer Que você desistiu de viver desistiu de tentar, desistiu de ter Tive chances a desisti Ganhar a vida de forma honesta Mas meu futuro já tava escrito Na direção certa Abrir mentes como moises Garra de maomé Vê meu pai varar madrugadas Fez-me homem mané Contra minha escolha vária Desistir? Não Perdidos cuidando de mim Criticando minha razão O porquê escrevo, canto Faço flow que cultura? Seu diploma não traduz Palavras em demasia da rua Sei onde firmei minha essência O rap em ação no meu sangue, canto Por não ser mais um Vão me socializar como malandro Foda-se Se o rap não der dinheiro Desde os 13 Meu sol nasce mais cedo Direção, atenção Com má intenção ladrão Ser sensação má impressão Só ilusão É muita coisa pra fala E sei que poucos vão me ouvi Mas se problema tive em quem me da às costas Eu chuto a bunda e escrevo sozinho Vai dizer Que nunca tentou Vai dizer Que o barco virou Vai dizer Que você desistiu de viver desistiu de tentar, desistiu de ter Colhi de fruto em fruto Não foi assim tão der repente Fertilizei minha mente Mas também a minha semente Louco delinqüente Com a alma de guerreiro Como a família O rap é meu amor verdadeiro Mudei pelas letras de mcs Que não me mostraram a ganância Igual disse o poeta Quem acredita sempre alcança E vai ser difícil de apagar Essa chama Assasinaram a música brasileira Mas o rap ainda é a mudança Pacifico e violento Sigo lapidando ideais Na sociedade onde solicita respeito Ja vi qui é pedir de mais Brasil, velho oeste Sem leis terra de ninguem Meu espaço fez peso na terra Por eles não me calei Mas sei quem luta por mim Da raiz já mais me esqueço Aqui a choque não é de poste A criança malema tem berço Foda-se o reconhecimento Só não quero morre de fome Quero sentir orgulho no futuro Conseqüência de quem hoje nem dorme