Só a vida não basta Aí vem o poeta, rasga o mapa E aumenta o mundo Disse Mokhtar Que tem que sentir ao invés de pensar Valeu, Samba! Por me ensinar a ser Um som que serve o outro Pelas tiras que supõem o um Quando é verso inteiro Acorda o cordel E acentua as rimas Que ainda é cultura Mesmo que a TV não mostre Insista no triste e no penar Deus me livre do governo me salvar Meu pé cresceu Fala, sabe o que é dor e fica triste Sente falta de Leandro Patativa e Suassuna Menino quer ser poeta Intuir A palavra escondida É pouca a vida e tem infinito Respira, ofega e morre a tinta Salve o sertão, coração do país Reze por mims Que a chuva não veio Eu resisto, peito forte, fé Olho pra frente, “caba“ da peste E racho o pé Só a vida não basta