Saulo Fagundes

Antônimos

Saulo Fagundes


Por esses polos obscuros que divergem
Os nossos mundos
Nossos sensacionais prazeres
Dormem sonos tão profundos
Os sensores dispositivos antagônicos
Do nosso coração
Que nos oferta o máximo da senhora
Rebelde separação

Um de cá outro de lá e a mesma inquietação
Um de cá outro de lá e a mesma inquietação

Mendigamos praças e guetos
No desandar que não se sobressai
Nossa partícula indomável
Que nunca se atraí
Por procurar o descabido por um
Certo sossego
Só acharíamos o medo
O medo de sermos iguais

Um de cá outro de lá e a mesma inquietação

E o viés que sangra o cupido
Por não ter sabido, por não ter vivido
Por não ter ouvido o coração o amor
Oh, ooh
Oh, ooh