Por onde passam os rios, eu sou desse chão Pés em águas de rios, coração e mãos Águas que me carregam, levam o olhar e mais Sou aquele moleque, canoa e cais No olhar, desafios, deixar este chão Na mala um fio da imaginação Ventos que me revelem, além do olhar e mais Sou aquele moleque, argila e sais Ê mãe, os ciganos acamparam na beira do Rio Ganduzinho E nos seus pertences prateados, imagens do fundo de mim Quando a teia da saudade te acha nessa escuridão Não há sopro nem vontade que afaste do coração Todo rio chega ao mar, vem de dentro das matas do chão O destino da saudade é desembocar no coração Ê mãe, os ciganos acamparam na beira do Rio Ganduzinho E nos seus pertences prateados, imagens do fundo de mim