Deus pintou no horizonte A madrugada que se esconde A graça inigualável da aurora E a imagem do Sertão afora As bicas do céu deram trégua Os pardais enfeitam a cancela O cheiro forte de café no fogo Embrulha as redes nos tornos O Sertão é o berço da esperança O espelho da superação E a alma da mudança O Sertão é o berço da esperança O espelho da superação E a alma da mudança O arado impõe muita pressa No baixio cercado de alegria A chuva anestesiou a terra Para ela não sentir agonia Os torrões foram quebrados Na passagem firme do arado Xodó e Corisco suam o couro Mas esperam ração no cocho O Sertão é o berço da esperança O espelho da superação E a alma da mudança O Sertão é o berço da esperança O espelho da superação E a alma da mudança As matracas semeiam o roçado Que pode ser produtivo ou não Não importa o efeito do traçado O que vale é o propósito da ação Se a colheita enche os silos Sertanejo se mantém nos trilhos Se é parcial ou inexistente Busca saídas, pois é resiliente O Sertão é o berço da esperança O espelho da superação E a alma da mudança O Sertão é o berço da esperança O espelho da superação E a alma da mudança O Sertão é o berço da esperança O espelho da superação E a alma da mudança