A sanha que ganha e sequestra meu ser Que sai de outro corpo e emana na cama Me prende, castiga, com muito prazer Assanha a façanha que acende essa chama Desejos do corpo, não posso me opor Pois não sei viver como santo, enlutado No pouco do outro me encaixo onde for O resto vai indo mui bem, obrigado Sujeito ao desejo que nasce onde for Sem obrigação de ter que indenizar Por perdas e danos em caso de amor Não há lei que puna o vício de amar Se me perguntar se eu tenho outro amor Respondo de pronto e não banco o rogado Amargo, eu sei, deve ser teu rancor Vivendo lembranças do nosso passado