No dia de São Nunca eu voltei pra ela Com o rabo entre as pernas, sem dar nem um pio Me lembro que era fevereiro, dia 30 Chovia canivete e a vaca tossiu Naquele dia a porca até torceu o rabo Eu mordi a língua, fui à Penha a pé Também bebi da água que não beberia E eis que a montanha foi a Maomé Um raio caiu sobre minha cabeça Um rico entrou lá no reino de Deus E o padre não soube nem da missa um terço Eu degenerei quando puxei aos meus No dia em que voltei, o mar virou sertão E dei pra sobejar o prato em que cuspi Pra meio entendedor uma palavra é vasta O rei voltou atrás e olha eu aqui Olha eu aqui Olha eu aqui Todo dia é de São Nunca Olha eu aqui Sempre é dia de São Nunca Olha eu aqui Hoje é dia de São Nunca Olha eu aqui