Samuel Úria

Lenço Enxuto

Samuel Úria


Tom: Db

[Intro] F  C  F  C
 
    F                         C
Empresta-me os teus olhos uma vez
F                               C
Que os meus não são de gente, apenas a paz
F                       C
É só o tempo de me aperceber
F                                   C
Na vida, o que se turva para ser de mulher
F                      C
Empresta-me uma chavena de sal
F                                C
E mostra-me a receita do caldo lacrimal
F                       C
É só o tempo de te convencer
F                         C
Que nem precipitado consigo chover
Am                D7
Não é um adagio que nos persegue
F                   G        C
Que um homem só não chora porque não consegue
F                       C
Empresta-me esse efeminado luto
    F                    C
Ser masculino é ter-se o lenço enxuto
F                      C
É só o tempo de me maquilhar
F                              C
De pranto transparente, a cor de mulher
Am                    D7
Não nasci pedra, nasci rapaz
F                   G      C
Que um homem só não chora por não ser capaz
E           Am 
   Os homens fazem fogo
D               F   
Com dois paus, eles fazem fogo
E                            D7
   Por troca, ensino-te a queimar

( F  G  C )
( F  G  C )

Am                          D7
Tu és corrente, e eu finjo o mar
F                     G      C
Que um homem para que chore, não pode chorar
F                     G      C
Que um homem para que chore, não pode chorar