Semba de lá, que eu sambo de cá Já clareou o dia de paz Vai ressoar o canto livre Nos meus tambores, o sonho vive Vibra, óh minha Vila A tua alma tem negra vocação Somos a pura raiz do samba Bate meu peito à tua pulsação Incorpora outra vez kizomba E segue na missão Tambor africano ecoando, solo feiticeiro Na cor da pele, o negro Fogo aos olhos que invadem Pra quem é de lá Forja o orgulho, chama pra lutar Reina ginga, ê matamba Vem ver a Lua de luanda nos guiar Reina ginga, ê matamba Negra de zambi, sua terra é seu altar Somos cultura que embarca Navio negreiro, correntes da escravidão Temos o sangue de Angola Correndo na veia, luta e libertação A saga de ancestrais Que por aqui perpetuou A fé, os rituais, um elo de amor (Pelos terreiros) dança, jongo, capoeira (Nascia o samba) ao sabor de um chorinho Tia Ciata embalou Nos braços de violões e cavaquinhos a tocar (Nesse cortejo) a herança verdadeira (A nossa Vila) agradece com carinho Viva o povo de Angola e o negro rei Martinho