Lá no firmamento, em sua saga de fé
Em êxtase espiritual
A nossa Flor do Rio de Janeiro
Vem abençoar o carnaval!
Nação Vermelha e Branca do Barreto
Anunciai, anunciai, anunciai
A mensagem de luz do Afecto
Entre pétalas e espinhos
Madre Rosa Courana
Inunda as almas da esperança
Santíssima africana
Em concerto de marimbas e candombes
Com desfile de folguedos
Vamos saudar a escritora, negra precurssora
Foco de admiração
Não se curvou à elite opressora
Nem a depravada escravidão
Salve a visonária!
Salve o elo entre Deus e a humanidade
Dos corpos femininos negados na sociedade
Arca protetora dos necessitados
Enlace com o Rei dos Encantados
Fundadora do Recolhimento
A Viradouro se rende neste momento
Escravizada, meretriz, beata
Mãe-de-leite do menino divino
Ancestralidade
Sonhos ostentados nos batuques do Acotundá
Violação da dignidade dos corpos negros
Jamais haverá!
Revelação da sua face verdadeira
Fechou os olhos e o dilúvio pressentiu
A Rosa Mística do Brasil
