Eu sei, se o negro sempre foi injustiçado E ainda ecoam dores do passado Moleque a liberdade eu beijei, acreditei, parti, sonhei! Na vida, a esperança equilibrista Resiste em cada palco, em cada artista Ciganos nesse chão de ilusão Vai O filho da felicidade Em todo menino um benjamim Onde houver arte não existe fim O palhaço também chora amor Quando choro mostro a minha cor Levo a força de uma raça Que na luta acha a graça pra esquecer a dor Alma de trapezista Ginga de malabarista, tem sim sinhô Do céu de lona estrela Brilha, levanta poeira… Vencedor! Num país que faz dos capatazes seus heróis Meu samba é resistência, ergue a voz De reis e rainhas que o mundo não viu Um beijo desse artista brasileiro Nos moleques do meu salgueiro Do Grande Circo Brasil (Quem eu sou?) Filho do salgueiro, Benjamim de África Transformo Avenida em picadeiro Venço o preconceito, vou me apresentar Filho do Salgueiro, Benjamin de África Transformo avenida em picadeiro Vestir vermelho é se libertar!