Nordestino é valente e sonhador A coragem me dá força pra lutar Eu sou Dragões da Real Cabra da peste! E peço a Deus do céu pra me abençoar Ó sagrado chão Que toma a forma de lamento Suplicando pela chuva no sertão As mãos se erguem ao firmamento Mas as gotas no solo rachado São apenas lágrimas de dor Quando oiei a terra ardendo Nem um pé de prantação E no peito tanto amor A vida sofre e vou me embora Feito asa branca que voou, voou Adeus rosinha não chore não No pau-de-arara vou seguir meu caminhar Na bagagem a esperança E o nordeste onde quer que eu vá Meu padim ilumine essa jornada Nestas bandas tem de tudo Corre-corre de outro mundo E eu aqui na solidão Eta saudade danada Do meu pedacinho de chão Sei qual é o meu lugar! Sim, um dia vou voltar! Dançando e relembrando teu tempero Encontrei a festa da minha raiz Toca o fole arretado sanfoneiro Onde o povo é mais feliz!